Uma coincidência de notar entre os quase náufragos da aflição e do afogamento:
Os que se debatem nas águas temendo a morte rogam o socorro de quem lhes estenda as mãos;
Os que se encarcerem no desânimo, receando o desequilíbrio, para se livrarem dele precisam estender as mãos aos outros.
Geralmente quando nos confessamos abatidos, muitas vezes queixando-nos contra tudo e contra todos, achamo-nos simplesmente encerrados na masmorra do “eu”, que transportamos conosco, à maneira de fardo muito difícil de carregar.
Este é, contudo, o momento para sair de nós, alongando os braços na direção dos outros, para que os outros arrebatem ao poço da angústia.
Abrir o coração ao encontro de alguém a fim de que alguém nos alivie.
Auxiliar para sermos auxiliados.
Se te encontras numa ocasião dessas, de espírito ilhado na solidão, recorda que as portas da alma unicamente se abrem de dentro para fora e busca a liberação de si mesmo.
Desnecessário será dizer que a gentileza para com os vizinhos, a visita ao doente, o socorro ao necessitado, o serviço-extra, a carta que se dirige ao amigo distante, o amparo à natureza e todas as formas outras de atividade em que se nos expresse a doação de calor humano são veículos ideais para sairmos de nós à procura da própria renovação.
Se te encontras assim, no dia cinzento de mal-estar, não é necessário adotes a transposição do desalento à custa de tranquilizantes inadequados ou ao preço de aventuras que talvez te marginalizassem nos espinheiros da culpa. Todos possuímos conosco a clínica espiritual de autotratamento com as faculdades da ação e da criatividade ao nosso dispor.
Quando estejas desse modo no recanto da angústia, se experimentas a fadiga sem causa, trabalha mais e, se trabalhando mais sentires a presença do cansaço compreensível e justo, procura o repouso indispensável ao preciso refazimento e recobrarás as próprias forças a fim de trabalhar e servir mais ainda.
Espírito Emmanuel, do livro Doutrina e aplicação. Psicografia de Chico Xavier.
A remarkable coincidence between the nearly shipwrecked of distress and drowning:
Those who struggle in the waters, fearing death, ask for help from those who stretch out their hands to them;
Those who lock themselves in discouragement, fearing imbalance, need to reach out to others in order to get rid of it.
Usually when we confess ourselves downcast, often complaining against everything and everyone, we simply find ourselves locked up in the dungeon of the “I”, which we carry with us, like a very difficult burden to carry.
This is, however, the time to come out of ourselves, stretching out our arms towards others, so that others can snatch them from the pit of anguish.
Opening our heart to meet someone so that someone can relieve us.
Help to be helped.
If you find yourself in such an occasion, with a spirit isolated in solitude, remember that the doors of the soul only open from the inside out and seek liberation from yourself.
Needless to say, kindness towards neighbors, visiting the sick, helping the needy, extra service, the letter addressed to a distant friend, protecting nature and all other forms of activity in which we express the donation of human warmth are ideal vehicles for us to leave ourselves in search of our own renewal.
If you find yourself like this, on the gray day of unease, it is not necessary to adopt the transposition of discouragement at the expense of inadequate tranquilizers or at the price of adventures that perhaps marginalize you in the thorns of guilt. We all have with us the spiritual clinic of self-treatment with the faculties of action and creativity at our disposal.
When you are in the corner of anguish in this way, if you experience fatigue without cause, work harder and, if working more you feel the presence of understandable and just fatigue, seek the necessary rest for the necessary recovery and you will recover your strength to work and serve even more.
Spirit Emmanuel, from the book Doctrine and Application. Psychography of Chico Xavier.