Se é verdade que, na época do Precursor, os novos crentes adotavam o sistema de confessar publicamente as suas faltas e os seus erros. Tal costume diferia essencialmente de tudo quanto criou a Igreja Católica, nesse particular, depois da partida, para o Além, dos elevados Espíritos que lançaram, com o sangue dos seus sacrifícios e com a mais sublime renúncia dos bens terrenos, as bases da fé, as quais têm resistido ao bolor dos séculos. A confissão pública dos próprios defeitos, nos tempos apostólicos, constituía para o homem forte barreira, evitando sua reincidência na falta. Um sentimento profundo de verdadeira humildade movia o coração nesses momentos, oferecendo-lhe as melhores possibilidades de resistência ao assédio das tentações, e semelhante princípio representava como que uma vacina contra as úlceras do remorso e das chagas morais.
Todavia, os tempos decorreram e, no seu transcurso, observou-se a transformação radical de todas as leis sublimes de fraternidade cristã, anteriormente preconizadas.
Espírito Emmanuel, do livro homônimo psicografado por Chico Xavier.