Se procuras a fonte que sacia
A dolorosa sede de conforto.
Acorda a fé no peito quase morto
E foge à indiferença escura e fria.
Aprimora teu sonho, cada dia,
Guardando o Céu por deslumbrante porto
Aos espinhos e cardos do teu horto,
Em que padeces na aflição vazia.
Se desejas o dom da paz divina,
Por extinguir a angústia que te inclina
Às densas trevas do despenhadeiro,
Serve em silêncio a todos e acompanha
O Doce Flagelo da Montanha
Que abre os braços na cruz ao mundo inteiro.
Vallado Rosas, psicografia de Chico Xavier