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Baluze – Messias do Espiritismo

Quando uma transformação da Humanidade deve se operar, Deus envia em missão um Espírito capaz, por seus pensamentos e por uma inteligência superior, de dominar seus contemporâneos, e de imprimir, às gerações futuras, as ideias necessárias para uma revolução moral civilizadora.
De tempos em tempos, assim, veem-se elevarem-se, acima do comum dos homens, seres que, como faróis, os guiam no caminho do progresso, e lhes fazem transpor, em alguns anos, as etapas de vários séculos. O papel de alguns está limitado a um país ou a uma raça; são como oficiais conduzindo cada um sob sua ordem, uma divisão do exército; mas há outros cuja missão é agir sobre a Humanidade inteira, e que não aparecem senão nas épocas mais raras que marcam a era das transformações gerais.
Jesus Cristo foi um desses enviados excepcionais; do mesmo modo tereis para os tempos chegados, um Espírito superior que dirigirá o movimento do conjunto, e dará uma coesão poderosa às forças esparsas do Espiritismo.
Deus sabe a propósito modificar nossas leis e nossos hábitos, e quando um fato novo se apresente, esperai e orai, porque o Eterno não faz nada que não seja segundo as leis de divina justiça que regem o universo.
Para vós que tendes a fé e que consagrastes a vossa vida à propaganda da ideia regeneradora, isso deve ser simples e justo; mas só Deus conhece o que é prometido; limito-me a vos dizer: Esperai e orai, porque o tempo é chegado, e o novo Messias não faltará: Deus saberá designá-lo a seu tempo, aliás, será por suas obras que ele se afirmará.
Podeis esperar muitas coisas, vós que vedes tantas estranhas com relação às ideias admitidas pela civilização moderna.

BALUZE, Paris, 1862.
Revista Espírita, fevereiro de 1868

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