Realmente, a mediunidade, em maior ou menor grau, reside em nós todos, – sejamos nós cultivadores da verdade, encarnados ou desencarnados, – entretanto, muitos companheiros do progresso espiritual, acusam-se inaptos, na construção do bem, por não possuírem desenvolvimento mediúnico mais amplo.
Existem, todavia, vastas fieiras de obrigações a serem cumpridas, fora dos labores medianímicos propriamente considerados.
No exame de semelhante assertiva, vejamos algumas de nossas atitudes negativas para que nos seja possível avaliar o acervo imenso de tarefas a que nos cabe atender.
Na condição de espíritas, – estejamos ou não atrelados ao carro físico, – muito frequentemente perpetramos erros clamorosos, como sejam:
—colocar Jesus em nossas palavras e não em nossas vidas;
—desertar da evangelização;
—não dar importância à vida espiritual;
—desdenhar da prece;
—recusar o estudo;
—nunca encontrar tempo para as boas obras;
—não praticar todo o bem de que sejamos capazes;
—cair na indisciplina, a pretexto de esposar uma doutrina de livre-pensamento e fé raciocinada;
—deixar de considerar todas as criaturas como sendo criaturas irmãs perante Deus;
—não partilhar o sofrimento dos semelhantes, embora respeitando-lhes sempre a maneira de vida e o modo de ser;
—cultivar desafetos;
—embrenhar-se na autodeterminação, desprezando os preceitos evangélicos que proclamamos respeitar;
—não assumir responsabilidade, diante do bem de todos, atendendo a temores e preconceitos.
Fácil verificar que nem só de mediunidade se alimenta a edificação de Jesus, na Casa Terrestre.
Mais que isso, a obra do auxílio e educação para a vitória do Cristo de Deus é inimaginável na grandeza e complexidade com que se apresenta.
Não permaneças à margem.
Tomemos posse do nosso privilégio de aprender e servir.
Emmanuel, do livro No Portal da Luz. Página recebida por Chico Xavier