Antes da nossa reunião o ambiente era de indagações diversas em torno dos problemas da felicidade. As opiniões mais variadas eram emitidas em nosso grupo.
Iniciadas as tarefas doutrinárias, O Livro dos Espíritos nos ofereceu a questão 922 para o estudo da noite. Depois dos comentários habituais sobre o texto, o poeta Casimiro Cunha foi o espírito comunicante, ofertando-nos a página poética “Felicidade”.
Francisco Cândido Xavier
Se você busca ajustar-se
Aos estatutos do bem,
Na condição em que esteja
Some os recursos que tem.
Se aceita sinceramente
A bênção de Deus na fé;
Se usa a própria cabeça
Mantendo o corpo de pé;
Se guarda noção de rumo
De tempo, clima e lugar;
Se consegue defender-se,
Ver, ouvir e conversar;
Se pode estudar e ler,
Anotar e fazer conta;
Apresentar-se, vestir-se,
E sabe como se apronta;
Se tem o pão necessário,
Alguma saúde, asseio,
Um leito, a bênção de um teto
E o trabalho de permeio;
Se mostra existência útil,
Se respeita o seu vizinho;
Se pode amparar alguém
Nos empeços do caminho;
Então não pare na queixa:
Trabalhe, melhore e avance.
Conserve a felicidade,
Que ela está ao seu alcance.
Casimiro Cunha, do livro Caminhos de Volta psicografado por Chico Xavier