Houve tempo em que a ciência positiva,
Na aridez de seu método ilusório,
Construía o castelo transitório
Da grande negação definitiva.
Tudo era matéria primitiva
No centro do seu “modus” vibratório,
Impressionando o mundo do sensório,
Na eterna vibração da força viva.
Mas Kardec abre as últimas cortinas
E sobre o mundo de cadaverinas,
Apresenta outra Luz gloriosa e forte.
Cai a muralha do materialismo.
E a fé raciocinada vence o abismo
Transpondo a escuridão da própria morte.
Augusto dos Anjos, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, em homenagem a Allan Kardec, em 3 de outubro de 1937.