Os espíritos benfeitores já não sabiam como atender à pobre senhora obsedada.
Perseguidor e perseguida estavam mentalmente associados à maneira de polpa e casca no futuro.
Os amigos desencarnados tentaram afastar o obsessor, induzindo a jovem senhora a esquecê-lo, mas debalde.
Se tropeçava na rua, a moça pensava nele…
Se alfinetava um dedo em serviço, atribuía-lhe o golpe…
Se o marido estivesse irritado, dizia vítima do verdugo invisível…
Se a cabeça doía, acusava-o…
Se uma xícara se espatifasse no trabalho doméstico, imaginava-se atacada por ele…
Se aparecesse leve dificuldade econômica, transformava a prece em crítica ao desencarnado infeliz…
Reconhecendo que a interessada não encontrava libertação por teimosia, os instrutores espirituais, ligaram os dois – a doente e o acompanhante invisível – em laços fluídicos mais profundos, até que ele renasceu dela mesma, por filho necessitado de carinho e de compaixão.
Os benfeitores descansaram.
O obsessor descansou.
A obsedada descansou.
O esposo dela descansou.
Transformar obsessores em filhos, com a bênção da Providência Divina, para me haja paz nos corações e equilíbrio nos lares, muita vez, é a única solução.
Hilário Silva, do livro Caminho Espírita, psicografado por Chico Xavier