Interpelado, há dias, a respeito da confissão auricular, nada mais pude fazer que dar uma resposta resumida, de momento, adiando o instante de expender outras considerações atinentes ao assunto.
Padre católico que fui na minha última romagem terrena, sinto-me à vontade para falar com imparcialidade sincera.
Não será a minha palavra que vá condenar qualquer religião, todas elas nascidas de uma inspiração superior que os homens viciaram, acomodando as determinações de ordem divina aos seus próprios interesses e conveniências, desvirtuando-lhes os sagrados princípios.
Todas as doutrinas religiosas têm a sua razão de ser no seio das coletividades, onde foram chamadas a desempenhar a missão de paz e de concórdia humana. Todos os seus males provém justamente dos abusos do homem, em amoldá-las ao abismo de suas materialidades habituais e, de fato, constitui um desses abusos a instituição da confissão auricular, pela Igreja Católica.
Emmanuel, do livro homônimo, psicografado por Chico Xavier