Para os desencarnados da minha esfera, o primeiro dia do Espírito é tão obscuro como o primeiro dia do homem o é para a Humanidade. Somente sabemos que todos nós, indistintamente, possuímos germens de santidade e de virtude, que podemos desenvolver ao infinito. Podendo conhecer a causa de alguns dos fenômenos do vosso mundo de formas, não conhecemos o mundo causal dos efeitos que nos cercam, os quais constituem para vós outros, encarnados, matéria imponderável em sua substância.
Se para o vosso olhar existem seres invisíveis, também para o nosso eles existem, em modalidade de vida que ainda estudamos nos seus primórdios, porquanto os planos da evolução se caracterizam pela sua multiplicidade dentro do Infinito.
Aqui reconhecemos quão sublime é a lei de liberdade das consciências e dessa emancipação provém a necessidade da luta e do aprendizado.
O Progresso Isolado dos Seres
A Ciência, a Arte, a Cultura, a Virtude, a Inteligência não constituem patrimônios eventuais do homem, conforme podeis observar; semelhantes atributos só se revelam, na Terra, nos organismos dos gênios, os quais representam a súmula de extraordinários esforços individuais, em existências numerosas de sacrifício, abnegação e trabalho constantes. Todos os seres, portanto, laboram insuladamente, na aquisição dessas prerrogativas, de acordo com as suas vocações naturais, dentro das lutas planetárias.
Paulatinamente, vencem imperfeições, aparam arestas, aniquilam defeitos em suas almas, norteando-as para o progresso, último objetivo de todas as nossas cogitações comuns.
Espírito Emmanuel, do livro homônimo, psicografado por Chico Xavier.