CAPÍTULO XVIII
O capítulo XVIII abre-se com o anúncio da queda da GRANDE BABILÔNIA ROMANA, que foi anunciada a São João por um ANJO “de grande autoridade”. ROMA que de mãos dadas com todos os reis da terra, se desviou da RELIGIÃO do CRISTO, constituindo uma FALSA RELIGIÃO (PROSTITUTA) que é um acervo de DOGMAS, de SACRAMENTOS e de MISTÉRIOS; ROMA, que perseguiu os “santos” que se não submetiam aos seus mandamentos; que mercantilizou as graças de Deus e enriqueceu os mercadores com a sua excessiva luxúria, vai cair – diz o Anjo. – Apocalipse, XVIII, 1 a 4.
E uma VOZ DO CÉU acrescenta: “SAI DELA POVO MEU, para não serdes participantes dos seus pecados, nem terdes parte nas suas pragas”.
Abandonai a PROSTITUTA, vós que quereis seguir o Manso Cordeiro; deixai o Romanismo com os seus bentinhos, suas medalhas, suas estátuas mudas e surdas, seus paramentos, suas missas, seus sacramentos, suas indulgências, sua prata, seu ouro, sua púrpura, finalmente – sua IDOLATRIA; porque são essas exterioridades que a tornaram prostituta.
Esses ornamentos são os ornamentos da VAIDADE, são vestes para cobrir a nudez da sua HIPOCRISIA; são máscaras para esconder a sua FEALDADE; são pecados que se acumulam até o céu, porque transviaram os homens da RELIGIÃO PURA E IMACULADA que nos legou o Filho Amado de Deus. Ela “está sentada como rainha, diz que não é viúva e não verá o pranto”, (1) mas as trevas já a envolvem e seus dentes rangem ao frio do abandono que já começou. (1) – Apocalipse, XVIII, 7.
“Fugi dela, povo meu”!
Os reis já se apartam dela e já não ouvem os seus LAMENTOS! – mas já começam a proferir, num estribilho contínuo, os três ais da sua queda:
“Ai, ai, ai da grande cidade, da Babilônia, da cidade forte! Pois em uma só hora veio a tua sentença”. (2) Todos os Estados se separaram da Igreja, e o Catolicismo, com a queda do Poder temporal, não mais pode fazer valer as suas doutrinas, como obrigatoriamente o fazia no mundo.
(2) – Apocalipse, XVIII, 10.
Os mercadores de imagens feitas de madeiras preciosas, de latão, de ferro, de ouro, de prata, de mármores; dos perfumes, da mirra, do incenso, do azeite para os “santos óleos”, da flor de farinha para as “hóstias”, do vinho para as “missas”, mercadores esses que enriqueceram nas igrejas, já
vêm paralisando o seu comércio e breve prantearão, dizendo: “Ai, ai da grande cidade que estava vestida de LINHO FINÍSSIMO E DE PÚRPURA E DE ESCARLATE E QUE SE ADORNAVA DE OURO E DE PEDRAS PRECIOSAS E DE PÉROLAS! porque numa só hora se têm perdido tantas riquezas!”. – Apocalipse, XVIII, 11 a 17.
E, logo depois de toda essa tribulação, que é o começo da agonia de Roma e que foi mostrada antecipadamente ao VIDENTE, lhe aparece um outro “Anjo Forte”, que levantou uma pedra, como uma grande pedra de moinho, e lançou-a ao mar, dizendo: Assim com violência será lançada a Babilônia, a grande cidade e ela não mais será achada”. – Apocalipse, XVIII, 21.
Este trecho, como precedentemente o dissemos, indica não só a queda moral do Catolicismo, mas, ainda, o desaparecimento do Vaticano por um grande cataclismo.
Roma vai ser destruída por um grande terremoto que fenderá a terra em três partes. “Saí dela povo meu, para não sofrerdes as consequências dos seus pecados”.
Não se ouvirá mais nela, diz o texto, o “som dos harpistas, dos músicos, dos tocadores de flauta e de trombeta, nem se verá nela artífice de qualquer arte”. – Apocalipse, XVIII, 22 a 24.
Roma não se pode livrar da condenação apocalíptica, porque só ela reveste todos os caracteres apresentados na Revelação feita a São João.
É a Religião Católica Romana a PROSTITUTA, é a BESTA que ela representa e se acha assentada na Grande Cidade, colocada sobre sete montes: “Fugi dela, povo meu!”
Por Cairbar Schutel. A primeira edição deste livro ocorreu no dia 21 de setembro de 1918